Gestora Vinci Partners vira maior acionista da PDG
Gestora de recursos de Gilberto Sayão deverá injetar 436 milhões de reais no caixa da companhia
Vinci Partners aumenta participação na PDG Realty
(Eduardo Monteiro)
VEJA A gestora de recursos Vinci Partners será mesmo a maior acionista da
incorporadora PDG, uma das líderes entre as empresas imobiliárias de
capital aberto. Na terça-feira, as informações preliminares da transação
proposta pela Vinci para se tornar sócia da PDG e injetar 436 milhões
de reais no caixa da companhia indicavam que as condições mínimas
estabelecidas pela gestora já estavam garantidas. Os dados consolidados
sobre o negócio serão divulgados na quinta-feira.
A primeira medida da Vinci à frente da PDG será indicar um novo
presidente. O nome saiu dos próprios quadros da gestora: o executivo
Carlos Piani, de 38 anos. Ele era responsável pela área de private
equity da Vinci Partners, que tem participação em empresas como a
distribuidora de energia Cemar, a seguradora Austral e a rede de
fast-food Burger King. O nome dele será submetido ao conselho de
administração nasexta-feira para substituir José Grabowsky, um dos
fundadores da PDG.
Os laços da Vinci com a PDG remontam à origem da empresa. A
incorporadora nasceu em 2003 como um braço de investimentos imobiliários
do banco Pactual - na época, comandado pelos banqueiros André Esteves e
Gilberto Sayão, esse último, fundador da Vinci. A gestora já teve uma
participação superior a 10% na PDG, mas vendeu sua fatia ao longo de
2010 e 2011. Com a saída da Vinci, a PDG se tornou uma corporation, ou
seja, com 83% do seu capital nas mãos de investidores com participações
inferiores a 5%. Em maio, a Vinci propôs uma complexa operação
financeira para voltar, que previa a emissão de um conjunto de novas
ações e debêntures no mercado, no valor total de 799,98 milhões de
dólares.
Para levar adiante o investimento, a Vinci colocou uma condição: a de
comprar no mínimo 54,8% dos novos papéis, no valor de 436 milhões de
dólares, sendo que os acionistas minoritários da PDG teriam prioridade
nessa compra. Na terça-feira, ao acompanhar a adesão dos demais
investidores, a Vinci teve certeza de poderia ficar com mais da metade
dos papéis. Nem a gestora, nem a companhia falaram sobre o assunto.
(com Agência Estado)
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