segunda-feira, 20 de abril de 2015

Grupo denuncia atraso de três anos na entrega de imóvel em Salvador

Novas condições para entrega de apartamentos revolta proprietários.

http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/04/grupo-denuncia-atraso-de-tres-anos-na-entrega-de-imovel-em-salvador.html
 Condomínio fica em Vila Laura; chaves deveriam ser entregues em 2012
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O atraso de três anos na entrega de imóveis de uma construtora em Salvador têm causado revolta de proprietários.

Além da demora, o grupo de aproximadamente 700 pessoas denuncia que a construtora está impondo algumas condições que não estavam no contrato para fazer a entrega das chaves.


O condomínio fica em Vila Laura. “Me sinto lesada e impotente né. Foram vários planos desfeitos devido ao atraso da construtora”, conta a analista de sistemas, Roberta Santana.

Segundo os donos dos apartamentos, os imóveis deveriam ter sido entregues em 2012. Em 2013, eles receberam uma correspondência onde a construtora reconhece o atraso e anuncia o congelamento dos débitos dos compradores.

Porém, este ano, a construtora impôs condições para a entrega das chaves que revoltaram os proprietários.

“Eles condicionam o congelamento do saldo devedor à assinatura de um termo em que nós isentamos a construtora de qualquer responsabilidade pelo atraso e ainda abrimos mão de recorrer na Justiça ou até extra judicialmente por qualquer indenização. Então, o saldo devedor só vai ser mantido, congelado, quando assinarmos esse termo”, revolta-se Viviane Rocha.

Segundo os proprietários, o documento com as novas cláusulas impostas pela construtora tem data retroativa, de dezembro de 2014. “Isso é um golpe, isso é uma ilegalidade. O que a construtora está querendo fazer é mudar as regras do jogo com o jogo em andamento. São direitos que estão contemplados no contrato de direitos indenizatórios, que agora, sob pena de não entregar as chaves, a construtora está impondo esse acordo, ou você assina ou não recebe as chaves”, afirma o advogado Henrique Guimarães.

Um dos prejudicados com o atraso na entrega dos apartamentos relatou que precisou adiar os sonhos por causa do problema. Júlio Sanderson comprou um apartamento em 2011 com a promessa de morar no imóvel no ano seguinte. Ele chegou a programar casamento e pensava em ter um filho. “Se a gente tivesse feito tudo isso dentro do prazo, já teríamos filhos, ou talvez um filho de pelo menos dois anos. Então você muda, interfere toda a trajetória de vida de uma pessoa por causa de um absurdo como esse”, lamenta o advogado.

A construtora Syene, responsável pelo empreendimento, informou por meio de nota que a empresa respeita os direitos dos clientes e oferece um desconto no saldo devedor deles. A construtora ainda afirmou que não faz qualquer imposição que signifique prejuízo ao que já está previsto no contrato.

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