Um grupo de 25 pessoas protestou, ontem de manhã, em frente ao estande da MRV Engenharia, contra o atraso nas entregas dos apartamentos de pelo menos dois empreendimentos imobiliários em Parnamirim. Eles empunharam faixas, fizeram um "apitaço" e usavam nariz de palhaço para chamar a atenção de quem passava pelo descaso e os prejuízos causados aos clientes da construtora, como o designer gráfico Gustavo Ribeiro: "Meu prejuízo até agora é de R$ 32 mil".
Aldair Dantas
Pessoas que compraram os imóveis cobram a finalização do empreendimento
Pessoas que compraram os imóveis cobram a finalização do empreendimento
Ribeiro disse que a entrega do seu apartamento está atrasado 22 meses. "Eu casei em novembro de 2010 e essa é a vida que eu não queria pra mim", afirmou ele, a respeito do fato que continua pagando um aluguel de R$ 750,00, afora a taxa de fase de construção à Caixa Econômica, no valor mensal de R$ 855,00.
Segundo Ribeiro, um dos empreendimentos com atraso na entrega de apartamentos é o "Nimbo", na avenida Abel Cabral, que já está com os blocos 1 e 2 prontos, mas a alegação da construtora é que o atraso se deveu às chuvas e a escassez de material e mão-obra no mercado da construção civil.
Para ele, isso não era justificativa, porque a MRV está erguendo e construído outros blocos de apartamento nas imediações da avenida Maria Lacerda Montenegro, onde também existe outro empreendimento com entregas de unidades habitacionais em atraso - o Veleiros.
O gerente de Relações Institucionais da MRV Construtora, Sérgio Lavarini, informou ontem de manhã, por telefone, que a empresa já está em negociação com a Coordenadoria Estadual de Proteção ao Consumidor (Procon-RN) para que "haja o ressarcimento dos prejuízos" causados aos clientes, a partir do congelamento do INCC, que corrigem anualmente as prestações da casa própria e outras taxas de fase de construção.
Lavarini disse que em realmente as obras estavam atrasadas e isso não tem como esconder, mas a MRV deverá entregar, agora, no fim de maio, os apartamentos do Veleiros, que está 100% concluído e pelo menos os apartamentos de dois dos sete blocos em construção do Nimbus no final de junho. "Os clientes não correm risco nenhum e não existe nenhuma possibilidade de eles ficarem sem o seu apartamento", frisou Lavarini.
O designer Gustavo Ribeiro disse que as reuniões com o Procon estão sendo importantes, porque dai sairão subsídios, se for o caso, para posteriormente se ajuizar ação civil pública contra a MRV Construtura na hipótese de ele continuar não cumprindo as promessas de entrega dos apartamentos, cujos contratos só podem ser extintos com a empresa, para os casos em que ainda não foram fechados os contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal.06 de Maio de 2012 às 00:00
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