Casas eram para ser entregues para as 108 famílias em agosto de 2014.
Prefeitura diz que houve atraso das famílias na entrega da documentação.
Famílias de Taubaté, sorteadas em um programa habitacional, não conseguem pegar as chaves por conta de problemas burocráticos. O atraso dura nove meses e prejudica quem vive de aluguel ou na casa de parentes. A Prefeitura de Taubaté informou que o novo prazo de entrega é no final de maio.
Os 108 imóveis foram construídos pela prefeitura, por meio do programa Minha Casa Minha Vida, e deviam ter sido entregues em agosto de 2014.
Os 108 imóveis foram construídos pela prefeitura, por meio do programa Minha Casa Minha Vida, e deviam ter sido entregues em agosto de 2014.
A prefeitura informou que o atraso é por conta de exigências do Governo Federal. Uma portaria do Ministério das Cidades determina que enquanto todas as famílias não entregarem a documentação correta do financiamento, nenhuma casa pode ser liberada.
A dona de casa Ana Carolina disse que paga aluguel de R$ 400 por mês. O marido dela não tem emprego fixo. "É um dinheiro que vai para a mão de outra pessoa e eu nunca mais vou ver. Não é justo, estou esperando a casa há tanto tempo e não sai. Eles falam para a gente que a casa vai ser entregue e até agora nada. A gente fica na expectativa todo mês, a casa não sai e lá vai mais um aluguel que tem que pagar", afirmou
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O operador de máquinas Leandro Rodrigues também enfrenta dificuldades. Ele está morando na casa da sogra e o que incomoda ainda mais é não saber quando a situação será resolvida. “O prazo está difícil. Os móveis a gente leva para a casa de um ou de outro, mas a gente quer ir para a nossa casa. A casa não é de graça, a gente vai pagar. O sonho já está virando pesadelo", afirmou.
A diarista Wanderléia está com o aluguel da casa onde ela está morando atrasado há três meses e ela não tem condições de quitar a dívida. "Tenho um neto que mora comigo que é bebezinho e eu não tenho para onde ir", afirmou.
Outro lado
O diretor de Habitação da Prefeitura de Taubaté, Alexandre Ferri, explicou que em janeiro desse ano, das 108 famílias, mais de 70 estavam com a documentação irregular e que por isso o banco prorroga o prazo a cada três meses.
Outro lado
O diretor de Habitação da Prefeitura de Taubaté, Alexandre Ferri, explicou que em janeiro desse ano, das 108 famílias, mais de 70 estavam com a documentação irregular e que por isso o banco prorroga o prazo a cada três meses.
"No caso em especial desse empreendimento, cerca de 70 famílias até o ano passado estavam com documentação desatualizada. O banco vem e prorroga por mais três meses para dar tempo de essas famílias estarem atualizando. Então, muitas vezes elas não têm o tempo ou o documento necessário para fazer essa atualização, porque às vezes depende de um cartório ou de um órgão que muitas vezes demora mais do que o prazo estipulado pelo banco e isso acarreta o atraso da entrega dessas unidades", disse o diretor. Os documentos foram enviados duas vezes para o banco.
O novo prazo dado pela prefeitura é no final de mês de maio. O Banco do Brasil informou que depende de toda a documentação da prefeitura e dos beneficiados para liberar o contrato das casas.
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